Lançado na BA e na COP30, pré

Objetivos do Censo Agropecuário

O Censo Agropecuário é uma das iniciativas mais significativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para coletar informações sobre o setor agrícola e pecuário do Brasil. O principal objetivo deste censo é mapear a realidade das atividades agropecuárias, fornecendo dados essenciais para a formulação de políticas públicas, o planejamento de ações e o desenvolvimento de estratégias voltadas para o setor rural. O 12º Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola, inaugurado recentemente, tem a intenção de visitar cerca de cinco milhões de estabelecimentos agropecuários ao longo do território nacional, com o lema “Juntos vamos colher a maior safra de dados do Brasil”.

Além disso, o censo busca contemplar aspectos essenciais da agricultura familiar, das comunidades tradicionais e da produção rural em geral. Isso significa que as informações coletadas não se limitarão apenas às grandes propriedades, mas também incluirão os pequenos agricultores e comunidades que muitas vezes são esquecidos nas estatísticas oficiais. O resultado esperado é um retrato mais fiel da produção agrícola e de como ela impacta a economia local e nacional.

O Censo Agropecuário tem o objetivo de:

  • Fornecer dados precisos: As informações geradas permitirão compreender melhor a dinâmica do campo e auxiliar na construção de políticas que promovam o desenvolvimento sustentável.
  • Mapear as características dos estabelecimentos: Isso inclui dados sobre o tamanho das propriedades, tipos de culturas, rotinas de manejo e práticas sustentáveis adotadas.
  • Identificar os desafios: Compreender as dificuldades enfrentadas por agricultores, como acesso a crédito e tecnologias, é fundamental para o desenvolvimento efetivo de políticas públicas.
  • Promover a inclusão: Incorporar informações sobre povos e comunidades tradicionais, destacando sua contribuição e necessidades específicas.
  • Atualizar informações: O censo deve atualizar dados que podem estar desatualizados ou incompletos, garantindo que as políticas sejam baseadas em informações recentes e relevantes.

Importância do Pré-teste na Coleta de Dados

A realização de pré-testes é uma etapa crucial antes da aplicação definitiva do Censo Agropecuário. Este processo permite identificar e corrigir possíveis falhas na metodologia de coleta de dados e no aplicativo utilizado pelos recenseadores. No caso do 12º Censo, o pré-teste envolve visitas a estabelecimentos agropecuários em vários estados, como Bahia, Minas Gerais, Rio de Janeiro e Maranhão.

A importância do pré-teste se resume a alguns pontos específicos:

  • Validação da metodologia: O teste permite avaliar se as perguntas do questionário são compreensíveis e se a metodologia de coleta é eficiente para o tipo de informações que se deseja reunir.
  • Ajustes logísticos: A execução de um pré-teste ajuda a entender os desafios logísticos envolvidos na coleta de dados, como o deslocamento dos recenseadores e a acessibilidade aos estabelecimentos rurais.
  • Capacitação dos recenseadores: Os profissionais que atuarão na coleta de dados são capacitados através do pré-teste, permitindo que se familiarizem com o processo e os desafios que podem enfrentar.
  • Feedback imediato: Após realizar a primeira coleta, as equipes podem fornecer feedback sobre o que funcionou e o que pode ser melhorado, aumentando a eficácia da coleta de dados no censo real.
  • Construção de confiança: Realizar um pré-teste com a participação da comunidade também ajuda a construir confiança entre os agricultores e o IBGE, mostrando que a coleta de dados é transparente e voltada para o desenvolvimento.

Como será realizado o Pré-teste?

O pré-teste do 12º Censo Agropecuário será realizado em prazo definido para cobrir a maior diversidade possível de situações e realidades encontradas nos estabelecimentos agropecuários. Durante o período de teste, que ocorrerá entre 1º e 12 de dezembro, aproximadamente 45 profissionais do IBGE atuarão como recenseadores em seis municípios selecionados para representar a diversidade do Brasil rural.

Os municípios escolhidos para a realização do pré-teste são:

  • Bacabal (MA)
  • Juazeiro (BA)
  • Sobradinho (BA)
  • Grão Mogol (MG)
  • Alfenas (MG)
  • Nova Friburgo (RJ)

Essas localizações foram selecionadas com a intenção de refletir a diversidade de biomas, padrões produtivos e a presença de comunidades tradicionais. No total, cerca de 1.200 estabelecimentos agropecuários serão visitados no pré-teste.

O processo de coleta de dados envolverá:

  • Aplicação do questionário: O questionário será testado com perguntas relacionadas a práticas agrícolas, números de efetivo, tipos de produção e desafios enfrentados.
  • Uso de tecnologia: A coleta de dados será realizada através de um aplicativo desenvolvido especificamente para o censo, o que permitirá reunir e organizar as informações de forma rápida e eficiente.
  • Entrevistas: Os recenseadores farão entrevistas com os produtores, favorecendo um diálogo aberto e a troca de informações.
  • Acompanhamento em tempo real: Durante o pré-teste, as informações coletadas serão acompanhadas em tempo real, permitindo que ajustes possam ser feitos no processo de coleta se necessário.

Público-alvo do Censo Agropecuário

O Censo Agropecuário abrange uma ampla gama de estabelecimentos e atividades, refletindo a diversidade da prática agropecuária brasileira. O público-alvo do censo inclui:

  • Estabelecimentos agropecuários: Todos os tipos de propriedades rurais que realizam atividades de produção agrícola, pecuária, florestal ou aquícola.
  • Produtores rurais: Pessoas que trabalham na agricultura, cria de animais, silvicultura e pescas, incluindo tanto grandes proprietários quanto pequenos agricultores e comunidades tradicionais.
  • Povos e comunidades tradicionais: Inclue grupos que vivem de forma sustentável, utilizando os recursos naturais de maneira a garantir sua qualidade e preservação. Sua inclusão no censo é uma novidade importante, com o objetivo de garantir que suas realidades sejam refletidas nas estatísticas oficiais.
  • Trabalhadores rurais: Profissionais que atuam nas propriedades rurais, cuja atuação é fundamental para a realização das atividades de produção agropecuária.
  • Entidades de pesquisa e associações: Grupos que envolvem acadêmicos, pesquisadores, e associações de agricultores desejosos de aprimorar as práticas no setor.

Impactos esperados do 12º Censo

O 12º Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola é esperado como um divisor de águas no que diz respeito ao conhecimento da realidade do campo brasileiro. Os impactos esperados incluem:



  • Dados mais precisos e atualizados: Os dados coletados proporcionarão uma visão atual da agricultura e da pecuária, permitindo uma melhor tomada de decisão por parte das autoridades e dos produtores.
  • Melhora das políticas públicas: Baseando-se em dados precisos, será possível desenhar políticas públicas que atendam de forma mais eficaz as necessidades dos produtores rurais e das comunidades tradicionais.
  • Aumento de investimentos: Informações detalhadas sobre a produção agropecuária devem estimular investimentos no setor, contribuindo para o desenvolvimento econômico.
  • Promoção da sustentabilidade: As informações coletadas poderão ajudar na formulação de políticas que promovam práticas agrícolas mais sustentáveis, favorecendo a conservação dos recursos naturais.
  • Inclusão social: O reconhecimento de comunidades tradicionais contribuirá para a criação de políticas voltadas para a proteção e valorização desses grupos, promovendo a inclusão social.

A inclusão de comunidades tradicionais

Uma das grandes inovações do 12º Censo Agropecuário é a inclusão de povos e comunidades tradicionais. Historicamente, essas populações têm sido sub-representadas nas estatísticas, o que resulta em políticas muitas vezes ineficazes para atender suas necessidades específicas.

A inclusão no censo permitirá:

  • Visibilidade: As informações coletadas darão visibilidade ao modo de vida e às práticas de produção dessas comunidades, permitindo que suas vozes sejam ouvidas.
  • Apoio a políticas específicas: A partir dos dados obtidos, será possível desenvolver políticas públicas específicas que reconheçam e respeitem o modo de vida e as necessidades desses grupos.
  • Valorização cultural: A valorização das tradições e saberes locais será favorecida, mostrando como essas comunidades contribuem para a diversidade cultural e ambiental do Brasil.
  • Apoio ao desenvolvimento sustentável: As informações sobre práticas sustentáveis adotadas por essas comunidades contribuirão para estratégias de desenvolvimento que respeitem o meio ambiente.

Metodologia do Censo Agropecuário

A metodologia do Censo Agropecuário é estruturada de forma a garantir a coleta eficiente e precisa das informações. Os principais componentes da metodologia incluem:

  • Abordagem abrangente: A metodologia deve cobrir todos os tipos de estabelecimentos agropecuários, incluindo aqueles em áreas remotas.
  • Formulários de coleta: Os questionários foram elaborados de forma a serem claros e de fácil compreensão, garantindo que os informantes consigam responder de forma precisa.
  • Treinamento dos recenseadores: Os recenseadores passam por um treinamento rigoroso para entender a metodologia e a importância da coleta de dados.
  • Aplicativo de coleta de dados: A utilização de um aplicativo desenvolvido especificamente para o Censo facilita a coleta e o processamento das informações.
  • Planejamento logístico eficiente: A equipe deve ser capaz de planejar e executar as visitas aos estabelecimentos com eficiência, superando possíveis barreiras geográficas.

Cronograma de aplicação do Censo

O cronograma do 12º Censo Agropecuário está dividido em várias etapas, onde cada uma possui suas datas e objetivos específicos. O pré-teste ocorrerá entre 1º e 12 de dezembro de 2025 em quatro estados. Para 2026, está prevista uma segunda etapa de pré-teste, além do Censo Agro Experimental. O Censo principal será realizado em datas ainda a serem definidas, mas com a previsão de que os dados sejam coletados de forma a garantir um mapeamento eficaz da realidade do campo.

O cronograma, portanto, é estabelecido para:

  • Avaliar o questionário: A primeira fase foca na validação das perguntas e no processo de coleta.
  • Refinar a logística: Com o pré-teste, a equipe identificará como otimizar o fluxo de trabalho nas áreas rurais.
  • Tempos de coleta: Garantir que haja tempo adequado para a aplicação do censo, considerando as variáveis climáticas e de safras.
  • Consultas com a comunidade: Envolver as comunidades locais na discussão sobre a coleta de dados, promovendo a transparência.

Colaboração com órgãos estaduais

Um aspecto vital no sucesso do Censo Agropecuário é a colaboração com órgãos estaduais e outras entidades afins. Isso assegura que a coleta de dados seja abrangente e represente a realidade local. Entre as colaborações previstas incluem-se:

  • Parcerias com secretarias de agricultura: As secretarias estaduais têm um papel fundamental ao fornecer informações sobre os estabelecimentos e os produtores na região.
  • Trabalho conjunto com universidades: Demandas de pesquisa podem ser atendidas através de convênios com universidades, para explorar aspectos mais profundos da realidade rural.
  • Envolvimento de associações locais: Trabalhar com associações de agricultores ajuda a aumentar a confiança durante a coleta de dados e encoraja a participação.
  • Troca de dados: Colaborações para a troca de informações e estatísticas podem ajudar a fortalecer ainda mais a base de dados para políticas que afetem o setor rural.

Perspectivas futuras para o setor rural

As perspectivas para o setor rural do Brasil, a partir do 12º Censo Agropecuário, são otimistas e prometem um futuro mais sustentável e eficiente. A partir dos dados levantados, espera-se que as políticas públicas sejam ajustadas de forma a atender as demandas mais urgentes dos produtores e das comunidades tradicionais. Isso inclui:

  • Adoção de tecnologias: Informações sobre práticas tecnológicas podem incentivar a inovação no campo, promovendo o uso de tecnologias sustentáveis e eficientes.
  • Planejamento estratégico: Com dados atualizados e precisos, governo e produtores poderão realizar um planejamento mais estruturado e coeso, maximizando os recursos disponíveis.
  • Desenvolvimento sustentável: O foco em práticas agrícolas sustentáveis pode resultar em melhores colheitas, preservação ambiental e desenvolvimento econômico.
  • Fortalecimento das políticas públicas: Os dados coletados servirão como base para formulação de políticas que considerem as especificidades do produtor rural brasileiro.
  • Inclusão social: As informações sobre comunidades tradicionais garantirão que suas necessidades sejam ouvidas e atendidas nas políticas criadas.


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